sábado, 26 de fevereiro de 2011

"Meus amigos todos estão procurando emprego"

Todos sabem que andamos vivendo num Teatro de Vampiros. A vida é sugada aos poucos, a cada instante, seja pela obsessão pela excesso de vida, o extremo Carpe Diem, ou o tédio e ócio do cotidiano e rotina. O pensamento sobre o futuro nos pega de relance, ao pé da porta no hora de sair, na cadeira em frente ao computador, na cama, bela e sagrada, na mais imprópria hora de dormir.
"Vamos sair, mas não temos mais dinheiro"
É uma situação complexa: tempo é dinheiro, mas quando tenho tempo, falta o dinheiro, se há dinheiro (bem trocado, diga-se, o que escasseia é o tempo. O que fazer? Tenho angustiado-me com isso, sei que de forma desnecessária, mas tenho. Com esses pensamentos, fiz alguns concursos (dois, na verdade) para professor. No primeiro deles, fiquei em segundo lugar, sendo que o primeiro já foi convocado e está trabalhando. Estou na lista! Já no outro, fiz a prova dia desses, contabilizei 77,5% dos pontos. A princípio achei uma boa nota, até ver nos fóruns e tópicos de comunidade discutindo tal concurso. Entre os debatedores, 77,5% era a menor nota. 
Mon Dieu, qu'est-que je serai?!



Essa apreensão e insegurança tem crescido ultimamente, de forma desnecessária e inconveniente. Acho que são pressões de vários lados, embora todos eles estejam do lado de dentro... "Meus amigos todos estão procurando emprego", se já não trabalham e seguem suas vidas. Estou exigindo de mim os mesmos passos dados por eles, sem lembrar-me que, de todos esses, nenhum cursa História, nenhum tem os mesmos objetivos que eu e, detalhe destacado, a maioria deles trabalha em funções decorrentes da mineração de ferro nessas Minas Gerais, mais diretamente em Congonhas.
Não há padrão. A partir de agora parei com esse medo e insegurança que puxa pra baixo, pra um estado de melancolia crônica que não entra em sintonia com meus sonhos, crenças e planos. A partir de hoje, comecei a praticar o desapego!

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